quinta-feira, 4 de setembro de 2008

PARAÍSO పెర్ఫెఇతో [Para Luana Bona


Numa Ilha-bela qualquer
Desejo do primeiro homem
Cheiro de mulher
Perdido no fim do mundo
Elo perfeito da junção de dimensões
O Éden floriu de Blumenau até Floripa
Homem que empina mais uma simples pipa
Ardor que brota da terra
Púbis que invade e arte
Sem causar dor...
Pimenta na virilha dela é colírio
Dos deuses tu és o delírio
Sem folhas ou ramagens
É o outono que te depila
E o vento que rouba o seu gingado
Balançando mais que pelugens
Mulher em pêlo que sede os nossos apelos
Selos que vibram ao toque
Bosque que revela a doce forma da fruta
Morango com sabor de uva
Melões que caem de bananeiras
Melancias que se fazem jaca
Moldura de afixar em ereta estaca
Sou um Adão sem Eva
Um caloroso chimarrão sem erva
Vinho que tomo sem cheirar
Delícia que me delicio sem degustar
Assim é Luana
Menina Lua que brilhou ao sol
Aqueceu a castigada terra
Estremeceu em desatino o céu
Doce pecado do sul
Gentil terra
Generoso estado