terça-feira, 4 de setembro de 2012

ELEIÇÃO: uma questão de EDUCAÇÃO


Faça você mesmo a diferença
Não se deixe enganar
Os lobos se travestem de cordeiro
Exatamente como estratégia
Tudo para te seduzir
Procuram sempre te atrair
Para depois de trair
Não se iluda com fachadas
Entre na casa e olhe cada canto
Se o mundo é dos espertos
Não fuja dessa realidade
Quando o assunto for eleição
Abandone a emoção
E vote com a razão
Tudo é uma questão de
EDUCAÇÃO

HUMILDADE



Acho que de tanto lamentar pelos meus erros
Aprendi a desculpar os outros
Nada como um dia após o outro
Não é feio errar quando pensa estar fazendo o certo
O inaceitável é não admitir os próprios erros
Se você não fabrica esse composto
O melhor que posso fazer
É oferta-lhe uma doze cavalar de humildade...

AMOR PORTÁTIL

Nos tempos modernos
Há quem possa lançar
O amor portátil
Algum espertinho de plantão
Por puro oportunismo
Patenteará a portabilidade do amor

Desta maneira
Tudo ficará mais fácil
Você não sofrerá por amor
Uma que o amor portátil
Você carrega consigo
E o entrega a quem você quiser
Nada será emocional
Somente racional

Não se assuste com os comerciais
Cada dia as agências de publicidade mais criativas
Aceita-se o seu amor de segunda mão
Em troca divido o seu coração
Você ganhará um bônus especial
Cinco amores correspondidos
Pelo preço de um mal correspondido
Depois de um ano de adesão no plano
Você até pode levar uma paixão a tiracolo
Mas seja fiel ao seu plano
Não ao seu sentimento
Pois tudo não passa de negócio
Você pode estar adquirindo um novo amor
Creio que a cada dois anos
Depois de cinco anos de uso
Você tem o direito de lavá-lo
E até pode reparti-lo para três amigos

Eu ainda não aderi a nenhum plano
Não sei se necessito amar a médio
Ou se o melhor amor é o de longo prazo
Não sei se quero enviar flores
Não sei se quero compartilhar dores
Amor que se preza tem que ser recíproco
Amor é diferente de paixão ou desejo
Amor bom é o regado a carinho, abraço e beijo...
Não este amor a varejo
Uma vez que já amei por atacado
Estava atacado pela paixão
Que já foi enterrado no plano caixão

Assim, esse amor com portabilidade não me atrai.
Prefiro alguém simples e despojada
Que na minha vida venha sempre livre
Sem frescura e sem secura
Sem rudeza, mas com razoável candura
Um amor educado que em mim entre
E em ti sai
Amor compartilhado
Às vezes seco
Outras vezes molhado
Não esse amor portátil
Amor que exige CEP
Não tenho caráter, estilo ou personalidade.
Mas também quero um amor livre e sem vaidade.

LIBERDADE



Liberdade não é uma calça velha
Azul nem se fala
Senão tu acabas entocado
Desbotada então,
É uma loucura,
Pois se tu usas bota
Essa aperta do pé ao chulé

Liberdade é andar desnudo
De cara limpa
Mostrando tudo
Percorrendo o mundo
Sem nada
Sem lenço
E com o seu documento
Sim
Porque não dá para cortá-lo

Me sinto como um pinto no lixo
Alegre e satisfeito
Tirei a roupa
Já não me assusta mostrar as vergonhas
Pois tenho um percentual maior que o teu
Se tu tens noventa e nove por cento
Eu tenho mais
Tenho cem
Sou sem vergonha
Mexe com quem está quieto?!

GALO: Para nossa alegria...


O Galo Forte num campo adversário qualquer
Onde ninguém jamais
Irá o derrotar
Goleai, goleai, goleai, os times pequenos e também os grandes...

O senhor dos estádios é o Galo
Que fez o pontos crescerem
E os multiplicou por três
Derrotando desdo o novo e até o antigo freguês

Goleai, goleai, goleai, os times pequenos e também os grandes...

PARA NOSSA ALEGRIA, GAAALÔ,
PARA NOSSA ALEGRIA, GAAALÔ,

PARA NOOOOOOOOOOOOOSSSSSSSSSSA ALEGRIA, GAAAALôoooooooooo...
PARA A NOSSA ALEGRIA...

AMOR OU PAIXÃO?



Primeira regra: ame-se. 

Depois, compartilhe com alguém esse sentimento sem interesse próprio, apenas pela natural vontade de dividir sonhos mútuos e não somente os teus. 

Quanto à paixão, essa vem e vai com mais frequência e estar ligado ao desejo. Mas é sempre bom haver reciprocidade e não apenas uma louca paixão sem limites...

ARTE EM TELA 2



Pinto-te em murais
Arte que vai além da tela
Poema de dividir em cela
Toda nudez será compartilhada
Estrela que brilha
Mesmo na ausência de luz
Reluz sua tez bronzeada
Enquanto meus olhos pálidos
Congelam só de pensar
Em telas que ainda hei de pintar...

ARTE EM TELA




Vejo-te em tela

Arte da mais pura Arte
Pintura sem igual
Arte que merece exposição na bienal
Se a tinta ainda estiver
Convido-te para vernissagem
Quiçá na sexta
Retrato que pendura em parede
Foto de compartilhar na rede...

A FELIZ INFELICIDADE


“Que venha a quarta feira com seus obstáculos e lutas diárias.
Pois saiba que será bem vinda, pois aqui há um lutador . “

A FELIZ INFELICIDADE
Eustáquio Braga

Ando sempre descalço
Gosto de sentir o chão
Quem sabe a textura da terra

Houve uma época em que não tinha o que calçar
Essa época passou...

Mas no momento
Quando ainda estou nervoso
Retiro lentamente o calçado
Ando pelo terreno mais arenoso
Quanto mais pedregulho tiver
Melhor será

Pois sei que no meu caminho
Sempre haverá pedras; buracos; e, bueiros
Água suja empossada; detritos; e, até, excrementos...

Sem falar nos obstáculos
Nos pregos jogados ao longo da estrada
Repetindo os confrontos e as mesmas ciladas

Tudo isso me faz sentir guerreiro
E errando me sinto um pouco mais humano, será?

Se tu queres ser meu inimigo?
Entre primeiro na fila;
Pegue uma senha;
Se der sorte, quem sabe nessa vida,
Tu terás o privilégio de me derrubar
Derrotar jamais, nem morto.

Não tenho pés; tenho casco.
Não tenho unha; tenho Garra.
Sou duro na queda
Resistente ao maltrato
Se tu aspira a morte
Essa eu engulo e trago...

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

FACES DO VIVER




Já vivi muitas vidas
Mas a principal ainda não vivi
Você é tudo que idealizava
Não posso dizer se era tudo que desejava
No momento
Fico preso ao passado
Quem sabe ao presente
Mesmo sabendo que
Tudo pode acontecer
De repente o mundo se transformar 
Em fantasia
E tu podes ser o futuro
De um amanhã que jamais chegará
Ou quem sabe
Um hoje esquecido
Quiçá ignorado
O ontem ficou para trás
E quem sabe um dia
A gente se encontre de novo
E pode ser que dessa vez
Nós tenhamos uma oportunidade
Dizer adeus é fácil
Difícil é prolongar o sonho
Se tu nunca dormes
É impossível ter pesadelos
Mas se passivas assim o for
Ativo talvez serei
Mesmo em sonho
Quando me vejo
Vivendo-te...


sábado, 19 de maio de 2012

Galo: uma vida de paixão


Quando nasci, não tinha noção do amor e do carinho que teria por um clube. Na verdade, até os sete anos de idade não sabia o que era futebol, pois nunca tinha visto. Minha mãe saía para trabalhar e deixava eu e minha irmã presos em casa e voltava tarde da noite. Eu somente ouvia falar de futebol pelas notícias de rádio. Os meus tios se diziam cruzeirenses, mas não via nos seus sembrantes qualquer emoção quando falavam do cruzeiro. Mas somente de ouvir falar do Galo, pelo rádio, pois não tinha televisão em casa, sabia que ali, naquelas palavras de emoção dos locutores, estavam o sentido da vida. Assim, pode resumir que a minha vida tem um divisor de águas, ou seja, antes e depois do Galo e tudo começa assim:

Fui abandonado pela minha mãe exatamente no ano de 1971, o ano do Galo. Ano do primeiro campeonato brasileiro nos moldes disputados até hoje. Minha mãe nos deixou: eu e minha irmã, para passar as férias na casa de nossa avó paterna e nunca mais nos buscou. Acho que essas férias está durando até hoje, pois ela já faleceu e, agora, certamente não quero que ela venha me buscar.

Todavia, no ano de 1971, pude assistir pela primeira vez um jogo do Galo e pude vê nas ruas o que era a alegria de ser Atleticano. A maioria das pessoas que moravam na casa a minha avó paterna era composta de Atleticanos. E veja que eu nem sabia o que era o futubel, ou seja, o meu amor pelo Galo veio antes do amor pelo esporte: o futebol.
Depois, aprendi com a molecada da rua a jogar futebol. Passei a ir aos estádios para assistir, não o futebol, mas ao Galo. Esse foi o meu primeiro vício: o Galo. Me apaixonei com o grito da "massa"; pelo incentivo nos momentos difíceis; pela explosão de alegria quando balançávamos as redes adversárias. Mas lembrem-se que não me tornei atleticano pelo modismo da época devido ao excelente time que foi campeão nacional. Vi o Galo e amei o Clube Atlético Mineiro antes do primeiro triunfo nacional. Torçi como nunca pelo Galo. Parecia que o Galo resolveu jogar bola bem depois que eu passei a torcer. Sim, me considero pé-quente, pois somente após eu ser apresentado ao Galo que ele ganhou um título em nível nacional. Aliás, era o primeiro campeonato nacional. Então, para mim, o Galo é o primeiro e único campeão. Não sabia o que era perder, pois no hino dizia:" vencer, vencer, vencer, esse é o nosso ideal. O ideal do Atleticano é a vitória, pois vibramos com alegria das vitórias. Vi grandes nomes surgirem no Galo e  ganharem o mundo. Vi Reinaldo, Cerejo, Marcelo, Paulo Izidoro, Éder, Ortiz, dentre outros que brilharam com o Galo e com a camisa amarelinha.

Mas nem só de alegrias vi o torcedor Atleticano. Vi Galo deixar escapar um título no Mineirão mesmo tendo terminado o campeonato de 1977 invicto. Vi o Galo disputar pau a pau com o Flamengo, mas não conseguir levar o título. Vi o Galo figurar no topo do ranking nacional durante décadas e não conquista mais nenhum campeonato. Mas vencer, vencer, vencer, este é o nosso ideal. Honramos o nome de Minas e não importam os canecos perdidos; o suor espelido; o sangue demado; ou as malas pretas esvaziadas. Sou Galo até a morte. Ou melhor, sou até após morte, pois quero ser enterrado com o manto sagrado cobrindo o meu esquelético corpo sofrido por ter tido tanto amor ao Galo. Talvez, nesse dia o Galo seja campeão e eu nem veja. Mas uma coisa eu saberei que pelo Galo, eu vivi uma vida de paixão e pelo Galo renascerei em espírito para acompanhar o time e a massa onde quer que um Galo cante. Vim , vi e venci, pois vencer é o ideal do Atleticano.