sábado, 28 de junho de 2008

ORALIDADE & NÃO IMPRESSÃO

ZOOM NO BURACO



Fotografia de Andréa Motta


Lente ladra

Invade tronco

De repente um ronco...

E uma bela imagem furtada.




O Poema acima foi criado pelo thackyn (Eustáquio) no momento em que a fotografia foi tirada na cidade de Blumenau-SC. Obrigada thackyn!

GOTA [Thackyn e Andréa Motta]





Fotografia: Andréఅ Motta

Um espirro da natureza explode na mesa


Uma solitária gota


Que respinga estrelada


Gota de orvalho dividida em lágrimas...


(Thackyn)



Lágrimas que explodem


A alegria antes contida


Gesto e harmonia


D’a chuva de poesia.



(Andréa Motta).

sexta-feira, 27 de junho de 2008

ANITA







ANITA

Deusa geminiana que habita o teu ser
Sensibilidade cultivada em potes em forma granulada
Será tua a lua e sol nascente se assim o crer?
Ou quem sabe é o infinito universo em noite enluarada

Poema que de tão quente se quedou morno
Noites que ofuscam o seu brilho: meu Sol e Estrela.
Sedução de poeta em clara cor nada amarela
Versos que recriam imagens e o seu contorno

Não consigo viver sem ti e contigo não durmo
Insone, transformo-me em dragão e tua sentinela...
Tudo para proteger teu sono e o calor da grande esfera

Ai dos deuses se acaso enfeitiçar o teu sonho noturno
Esqueço-me do pacto de silêncio e o aprisiono em cela
Tudo para com a minha Arte te prender em tela

Poema publicado na III Antologia do Portal CEN - Blumenau: Nova Letra Gráfica & Editora, junho de 2008.


POEMAS E RUAS


O sumo da palavra: Letras
Juntas tornam-se um vício
Ofício de Poeta que rima
No lume das ruas: Versos
Estrofe que finda
Em cada esquina
No bairro Poesia
Constroem-se obras:
Em cada alicerce
Edifica-se: Poemas
Que soerguem a Arte
Levando o Poeta à eternidade...


Para Tchello:

Artista e autor de diversos gêneros com ênfase em poesias concretas e ideogramas. Visite-o no Orkut: http://www.orkut.com.br/Album.aspx?uid=8730064251193088984&aid=1211677021&p=1
Thackyn
Publicado no Recanto das Letras em 27/06/2008Código do texto: T1053440


SEIOS e SÁBADO NA PRAÇA






SEIOS



Névoa que encobre
Dos olhos fugidios
Seio que se move



SÁBADO NA PRAÇA




Poeta não hesita
Até no falar faz poema
Conversa e recita...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

LETRAS & PALAVRAS

Para Tchello
Artista autor do poema-imagem: "Verbo e Verba". Visite-o no Orkut: http://www.orkut.com.br/Album.aspx?uid=8730064251193088984&aid=1211677021&p=1


Passeiam letras
Letras...
Juntas se tornam
Palavras...
Que agrupadas
Dão o sentido
Espírito Gregário do homem
Que com o equipamento certo
Mergulha...
Viaja...
E submerge
Retorna
Dando novos sentidos...
LETRAS


ACASO E ESTUPIDEZ [Para Luana Bona]


Para Luana BonaPor acaso a encontreiTalvez a garota dos sonhos de muitos poetasPor duas vezes a sorte me sorriuEla tambémTalvez por ironia do destinoOu ela que no seu subconsciente queria me conhecerFoi ela quem me dirigiu a palavraDesejo que se lavraNa terra...No ar...Tensão à primeira vistaPrimeiro foi o fetiche do brasileiroCalça cintura baixaCalcinha que não se escondiaPeça íntima que não se encaixaDentro do invólucroQue não a protegiaMenina despojadaDesejo materno a flor da peleArtur se tornou o rei da GolE marcou um gol de placaNaquele delicioso coração fêmeoE na Távora nada redondaConseguiu arredondar o teu olhar de mulherForam minutos de conversa com pais do reizinhoQue punha a sorrirAdmirando tamanha graciosidadeEu fique de tabelaNa labuta eternaDepois foi chegada a hora da partidaEntre idas e vindasCoincidência ou sorteBeleza sul e norteTalvez do poetaTu quiseste o motePois tu roubaste o meu lugar no aviãoE eu fiquei a ver “Avião”...Sim, o acaso nos uniu.De novo tudo ficou azulNão tive alternativaSenão me assentar ao seu ladoNem reclamei do “assento roubado”Talvez por descuidoEra apenas uma posiçãoUma janela que não se vê quase nadaA não ser o céuMas quem precisa do céuPossuem-se dois globos azuisQue são os teus olhosEra apenas uma janela...Então, tu foste uma janela que se abriu...Uma porta no céuQue se escancarouAbriu o verboFalou de paixãoFez alusão ao amorE o fizemos juntosComparações de sentimentosTu com o teu sorriso me encantastesDeve ter encantado outros passageirosQue por dentro se mordiam de invejaEu só me dei conta que não havia prendido o meu cinto de segurançaSomente na hora da aterrissagemNotei também que não havia desligado o celularPor fim, no desembarque,A conexão nos separou.Fiquei entre a sala de espera o Rio e a SerramalteQue estava numa avenida lá foraPreferi desembarcar no aeroportoE voltar para a minha realidade terrenaAquela máquina não fora projetada para mim.Fugi da sala de conexãoDesci o desembarque e fui-me...E, Luana Bona até que esboçou uma inútil procura.Mas isto poderia virar um contoO dia em que Luana Bona ficou me procurando.Dei um perdido sem querer...Apenas não quis entrar na sala da conexãoAcho que evadi sem fugir...Fiz a minha opção: a cerveja Serramalte.Descobri, então, que sou um alcoólatra.Quem na sua lucidez ou sensatez trocaria Luana Bona por cerveja?Respondo, eu troquei.Mas seriam horas de esperaNo girar da grande esferaE Luana ficou a procurar...Tudo em vão, já havia partido.Sai pela tangenteParece mentiraMas é a mais cruel das verdadesTroquei mais uns minutos com LuanaPor uma deliciosa SerramalteEstupidamente geladaEstupidamente troquei.

BELEZAS DE BLUMENAU




Rodeada de símbolosVejo a alegria estampadaNo estouro dos fogosFesta de São JoãoNum canto qualquer do céuBrilha uma solitária EstrelaRaios de sol que se escondemBrisa fria que se faz mornaTu que alimentas plebeusNão te sabes que és rainha!?De um reino longínquo viestesMas tu não te sabes ao certo dondeClarins que ressoam bemóisNo sustenido eco da vida entre luas e sóisTocam-te harpas e violinosEnquanto o meu desejo repica entre sinos...Tu que és a bela da noiteE embeleza a vida em diasTu és a flor que perfuma as tardesExalando o cheiro da madrugadaOh perfume sem igual: Dama-do-diaExalado cheiro da vidaQue se mistura ao som inaudível da cançãoSem letra e melodia quando chegasSobre o leito do ItajaíTudo pára e descansaMúsica da lembrançaSol frio repousa mansoÁguas que de tão cristalinasMultiplica o revoar dos pássarosQue ensaiam coreografias e dançasPoesias, assobios, cantos e rimas.Ali também as capivaras se banhamSecam-se enquanto olham o espelho d’águaEnquanto quaram ao solPara aquecer a sua liberdadeNeste intervalo: um vácuoNo hiato melódico da cançãoSomente os pássaros pretos pedem licençaPoética de rolinha que invade sutilmente o espaço Dá para sentir a respiração fria do rioA liquidez da umidade do ar que molha a terraNada é relativo no absolutismo da poesia concretaQue extrapola o solo rijoCimento que se transforma em leitoCamada de névoa que beija o chão e galhoCada gota de orvalho se evade do colo da naturezaSuor da terra que brita lágrimaAcima tudo é sol e raio: alvorada e ocasoOuro que invade plantação e reproduzE tu que te escondes debaixo de adornosNa harmonia da interação das forças da natureza me conduzTu que sintetizas cada fala com sorrisoDepois tu te escondes atrás das paragensMas nada consegue afastar do pensamento a lembrançaSorriso sem igual que se põe na cabeceira do rioPlanta fêmea que se confunde com o cioCheiro da terra e da águaQue enche a boca e o desejar poéticoRaiz da terra que brota em Blumenau

quarta-feira, 25 de junho de 2008

CARA DE GATO [Para Natália Casassola]


Olhos do pecado


Cara de gato


Auto-retrato


Seu rosto lindo


Sorriso laargo


Beleza do sul


Ar doce que trago:


Amor virtual...



Corpo escultural


Desejo fêmeo


Festa e folia


Paixão దే carnaval


Exalando alegria


Atração fatal:


Sedução real...


Autoria de Eustáquio Braga [Thackyn] - http://www.planetaliteratura.com/?view=artigos&colunista=164 - http://www.thackyn.blogspot.com/

terça-feira, 24 de junho de 2008

MEL & FEL

Para meu amigo Gilberto (Giba, vulgo o chatão)
Navegar sem limites dentro de si mesmoSe todo homem é uma ilhaOnde é a fronteira perdida da dualidade?Ser que convive com o estado exaltado de humorSer barroco que habita o meu serAcelero emocionalmente na arrancada de zero a cemTudo em segundos, mas sempre querendo ser o primeiro:A sorrir... A chorar... A sentir... Mas existe o Outro: imaginário ser real que sou eu mesmo.Acompanhante de viagem que nunca se calaFalo mesmo quando me silencioDesejo fêmeo sem cio, fogo sem centelha ou pavio...Acordado sonhar invertido do devaneio: manias...Se viver pesa mais que o corpoTu vives em mim mesmo quando vais emboraAtemporal mudança de maus presságiosNuvens claras que se escurecem negras no lumaréu do diaNão na face das donzelasNão na cama que se transforma em celaNão no gosto do lítio ou qualquer antidepressivo Não do ser barroquino góticoTu és a tormenta da lucidez alheiaAbelha presa sem mel e teiaSou o amargo da língua e os olhos que borbulhamBoca que seca lacrimejaMel servido em tulipasAcácias que encontro-te em Latânias de felSer bipolar que vive na terra o céu...
Poema publicado na III Antologia do Portal CEN - Blumenau: Nova Letra Gráfica & Editora, junho de 2008.

Pele [Haicai]

Óleo e cor: verniz...
Corpo desnudo que dança
Mulher nua feliz

domingo, 22 de junho de 2008

MINUTO

Pisco os olhos

Em um segundo...

Inerte e mudo

Espero-te palavra

Para formar versos

Que fogem do céu Da boca molhados Poesia que volta Tudo em minuto...

MINUTO

quarta-feira, 18 de junho de 2008

BONÍSSIMA




Sou suspeito para falar, pois pode parecer mentira, mas conheci Luana Bona antes de ver o ensaio, para ser mais exato a conheci hoje quando voltávamos de Blumenau, pegamos o mesmo ônibus e ficamos lado a lado. Depois, já no avião, por coincidência sentei-me ao lado deste outro Avião, Luana Bona. Nós conversamos bastante durante o vôo, mas nos separamos devido à conexão, ela estava indo para o Rio e eu para Belo Horizonte, e nem pudemos nos despedir... Contudo, preciso confessar que Luana é mais que uma beldade, é uma simpatia de pessoa, eu e o Arthur nos encantamos contigo.

Luana: Deixo aqui um beijo e um poema dos muitos que fiz para ti enquanto tomava aquela Serramalte de frente o aeroporto de congonhas, pois estava em Blumenau para um encontro de escritores do Portal CEN.

BONÍSSIMA

Menina despojada e atraente
Linda como a natureza
Teus olhos
Um pedaço do céu
Iluminou o meu dia gris
As nuvens partiram
O céu se abriu em tua homenagem
Os teus cabelos
Raios de sol
Brilharam efusivamente
Eles faziam reluzir toda a vida da Grande esfera
Nesta Terra que te admira inerte
Bálsamo para os olhos
Em fotos e em tela...

Tu és a claridade
Luz que nos acompanha
Tanto nos dias de frio
Que se findaram com a tua presença
Quanto nas noites de gelo
Esta noite que se acalorou com a tua lembrança
Teu calor aquece até os ares de Blumenau
Ao meio a tantos artista e escritores
Tu és uma obra de Arte
Uma obra inacabada que necessita de retoques...
Tu és a Poesia que pensa, fala, anda, se irrita, se apaixona e Ama...

Beijos do teu novo amigo

Eustáquio Braga [Thackyn]