quinta-feira, 26 de junho de 2008

ACASO E ESTUPIDEZ [Para Luana Bona]


Para Luana BonaPor acaso a encontreiTalvez a garota dos sonhos de muitos poetasPor duas vezes a sorte me sorriuEla tambémTalvez por ironia do destinoOu ela que no seu subconsciente queria me conhecerFoi ela quem me dirigiu a palavraDesejo que se lavraNa terra...No ar...Tensão à primeira vistaPrimeiro foi o fetiche do brasileiroCalça cintura baixaCalcinha que não se escondiaPeça íntima que não se encaixaDentro do invólucroQue não a protegiaMenina despojadaDesejo materno a flor da peleArtur se tornou o rei da GolE marcou um gol de placaNaquele delicioso coração fêmeoE na Távora nada redondaConseguiu arredondar o teu olhar de mulherForam minutos de conversa com pais do reizinhoQue punha a sorrirAdmirando tamanha graciosidadeEu fique de tabelaNa labuta eternaDepois foi chegada a hora da partidaEntre idas e vindasCoincidência ou sorteBeleza sul e norteTalvez do poetaTu quiseste o motePois tu roubaste o meu lugar no aviãoE eu fiquei a ver “Avião”...Sim, o acaso nos uniu.De novo tudo ficou azulNão tive alternativaSenão me assentar ao seu ladoNem reclamei do “assento roubado”Talvez por descuidoEra apenas uma posiçãoUma janela que não se vê quase nadaA não ser o céuMas quem precisa do céuPossuem-se dois globos azuisQue são os teus olhosEra apenas uma janela...Então, tu foste uma janela que se abriu...Uma porta no céuQue se escancarouAbriu o verboFalou de paixãoFez alusão ao amorE o fizemos juntosComparações de sentimentosTu com o teu sorriso me encantastesDeve ter encantado outros passageirosQue por dentro se mordiam de invejaEu só me dei conta que não havia prendido o meu cinto de segurançaSomente na hora da aterrissagemNotei também que não havia desligado o celularPor fim, no desembarque,A conexão nos separou.Fiquei entre a sala de espera o Rio e a SerramalteQue estava numa avenida lá foraPreferi desembarcar no aeroportoE voltar para a minha realidade terrenaAquela máquina não fora projetada para mim.Fugi da sala de conexãoDesci o desembarque e fui-me...E, Luana Bona até que esboçou uma inútil procura.Mas isto poderia virar um contoO dia em que Luana Bona ficou me procurando.Dei um perdido sem querer...Apenas não quis entrar na sala da conexãoAcho que evadi sem fugir...Fiz a minha opção: a cerveja Serramalte.Descobri, então, que sou um alcoólatra.Quem na sua lucidez ou sensatez trocaria Luana Bona por cerveja?Respondo, eu troquei.Mas seriam horas de esperaNo girar da grande esferaE Luana ficou a procurar...Tudo em vão, já havia partido.Sai pela tangenteParece mentiraMas é a mais cruel das verdadesTroquei mais uns minutos com LuanaPor uma deliciosa SerramalteEstupidamente geladaEstupidamente troquei.

Um comentário:

Tchello d'Barros disse...

Pois é, não há quem não se encante com as belezas de Blumenau, não é mesmo!!!

Abs,
Tchello.